
No final, em 2014 será decisivo o eleitor que não se identifica nem com uma candidatura nem com outra. Um eleitor que não valoriza tanto as diferenças já bem firmadas entre os caminhos oferecidos por Dilma e Aécio, que se encontram e se distanciam nos temas econômicos e sociais, mas que preza outros universos de referência para basear suas escolhas. Que olha o candidato como o consumidor que avalia um produto e que necessita de tempo e informação para escolher. Um eleitor que talvez enxergue tanto diferenças como semelhanças entre os candidatos e sopesa o que é melhor para si.
Quando se diz que o país está dividido ou polarizado entre duas forças políticas, confesso que tenho minhas dúvidas. Na composição do novo Congresso Nacional, por exemplo, PT e PSDB são partidos longe de majoritários – juntos não têm deputados suficientes para aprovar um Projeto de Lei. Nem petistas nem tucanos têm a força política e o respaldo que tiveram FHC em 1994 pós-plano Real e Lula em 2006 com a ascenção social de milhões de brasileiros.
Dilma ou Aécio assumirão no futuro um país talvez mais fragmentado do que polarizado. Quem sabe não seja isto que os ‘votos voadores’ estão a nos indicar?
Siga-me no twitter! (@rogerj)ord – Rogério Jordão