Duas versões para a morte de Cledeilson de Jesus Cunha, 29 anos, quarta vítima do sistema carcerário em 2014, encontrado morto no fim da tarde de quarta-feira na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Santa Inês, a cerca de 250 km da capital São Luís, consequência do rosário sem fim de assassinatos e decapitações dentro dos presídios maranhenses.
Numa delas, a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) do Maranhão informou quinta-feira (23) que “Verruga” ou “Engraxte”, como era conhecido o ladrão e homicida, fora vítima de enforcamento.
Pela outra versão, a do presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem), Antonio Benigno Portela, o preso foi esquartejado e colocado dentro da lixeira, versão que o governo do Maranhão não tem interesse que prevaleça por causa da pressão nacional e internacional para que cesse essa sequência de mortes nos presídios maranhenses.
Essa é a quarta morte registrada este ano no sistema prisional do Maranhão. As outras três foram registradas dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A última delas aconteceu na terça-feira e todas elas podem ter sido uma reação à transferência de presos, líderes de facções criminosas, para presídios federais de segurança máxima.
Todas as mortes ocorridas dentro dos presídios maranhenses tiveram inquérito abertos para apurar as causas de autorias.