Além do pai, Sarney Filho é citado por Machado e pode ser o quarto ministro de Temer a cair
Dos R$ 18 milhões em propina que teriam sido entregues ao ex-presidente da República, José Sarney, segundo o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em delação premiada, R$ 400 mil foram recebidos pelo deputado federal Sarney Filho, atual ministro do Meio-Ambiente. A revelação torna Sarney Filho candidato a ser o quarto ministro a deixar o Governo interino de Temer, em pouco mais de um mês de instalado, já que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, com fortes ligações com o presidente interino da República e cardeal do PMDB, pediu demissão hoje, 16, e tornou-se a terceira baixa do novo primeiro escalão da República. José Sarney, Romero Jucá e Edison Lobão Responsável pelas defesas do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA), o criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que eles negam "peremptoriamente" terem recebido qualquer valor, "a qualquer título", de Sérgio Machado. "Esta delação tem que ser vista com muita ressalva, dadas as circunstâncias em que foi feita, para impedir a prisão de dois filhos dele [Machado]", declarou o advogado. Em nota divulgada nesta quinta-feira (16), Sarney diz que não há na delação nenhuma afirmação verdadeira sobre ele. "Nunca recebi das mãos desse senhor nenhum centavo. Nunca discuti com os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá questão relativa a recursos financeiros", afirma o ex-presidente (leia a íntegra ao fim da reportagem). Sarney Filho Em nota, o ministro Sarney Filho chamou o ex-presidente da Transpetro de "monstro moral", "picareta" e "marginal" que, segundo ele, "chegou ao cúmulo de gravar uma pessoa de 86 anos no leito de hospital".