Onda de machismo e machistas invade a Globo, que se vê obrigada a punir os protagonistas: o ator José Mayer, o ator e apresentador Otaviano Costa e o participante do Big Brother Brasil-17 Marcos, que, na vida real, é médico cirurgião plástico.
Definitivamente, a poderosa Rede Globo vive um mau momento público. Primeiro foi o escândalo com o galã José Mayer, um de seus principais atores de telenovelas, acusado de assédio sexual por uma figurinista, caso que gerou uma onde de protesstos em todo o Brasil, levando a TV Globo a "suspendê-lo" por tempo indeterminado de seus projetos televisivos.
Depois foi a vez de o apresentador Otaviano Costa ser punido pela direção da Globo após um comentário sobre as brigas que aconteceram no "BBB17" na tarde de terça-feira (4). Ele já não apresentou o "Vídeo Show" de quarta-feira e Rafael Cortez foi quem o substituiu
O "Vídeo Show" exibiu uma matéria que mostrava o momento em que Marcos se exaltou ao discutir com participantes da casa na manhã do dia anterior. O vídeo terminava com a fala de Vivian perguntando: "Precisa disso?". Otaviano entrou em seguida e emendou: "Precisa sim...A gente gosta, ué... é bom agitar!", disse, entre risos.
E foi justamente por causa das brigas no BBB-17, a forma como Marcos trata Emilly dentro do jogo, que o "Big Brother Brasil 17" virou caso de polícia. A diretora da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher do Rio (Deam), Marcia Noeli Barreto, determinou o registro de ocorrência após ver as imagens de mais uma briga entre os dois e, principalmente, quando a jovem diz ter sido machucada pelo médico.
Resultado: a Globo decidiu eliminar Marcos do programa, e deixar somente as três mulheres como finalistas: Emily, Yeda e Viviane. O apresentador do BBB-17, Tiago Leifert, visivelmente constrangido, foi obrigado a anunciar, há pouco, no início de mais uma sessão do reality show, que a direção do programa o havia eliminado, depois de receber a visita da Polícia, querendo prender o participante Marcos, que, na vida real, é cirurgião plástico.
A decisão foi baseada nas regras do reality show, que proíbem agressão física, e nas investigações da Polícia Civil do Rio, que abriu inquérito para apurar se houve lesão corporal quando o médico de 37 anos discutiu com a estudante Emilly Araújo, de 20 anos, dentro da casa.
Leifert disse que, com a abertura do inquérito, o programa falou com Emilly, pela segunda vez, no confessionário. Em uma primeira conversa, ela não havia denunciado nenhuma agressão física.
"Com base nesse inquérito, tivemos uma nova conversa profunda com a Emily, inclusive com exame médico. Desde o primeiro momento, desde que tudo aconteceu, a Globo agiu firmemente, incansavelmente, a gente envolveu advogados, especialistas, psicólogos. Conversamos muito para tomar uma decisão correta, justa. Na conversa de hoje, ficaram comprovados indícios de agressões físicas. No BBB, agressão gera expulsão, e a decisão foi tomada: o Marcos está eliminado do BBB 17", explicou Leifert.
Pouco depois, o apresentador falou que Marcos havia sido comunicado, e que as outras três participantes – além de Emilly, Vivian e Ieda – estão na final do programa, que será realizada na quinta-feira (13).