POLÍCIA FEDERAL: JBS e BRF, de “campeãs nacionais” a suspeitas de vender carne vencida
A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, não só apontou para a existência de um suposto esquema de corrupção entre frigoríficos e fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, como colocou em dúvida a qualidade dos produtos vendidos por duas gigantes brasileiras do setor de carnes: JBS, dona das marcas Friboi Seara e Big Frango, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão. A notícia de que as empresas pagavam propina para vender carnes vencidas ou adulteradas com produtos químicos —o que tanto a JBS quanto a BRF negaram— fez com que as ações dos frigoríficos despencassem mais de 8% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) até o início da tarde sexta-feira. Além das duas gigantes do setor, outras 29 companhias também são alvo da operação. Tão logo foi noticiado, o suposto esquema de corrupção para vender carnes podres também despertou a desconfiança dos consumidores: sobrou até para o ator Tony Ramos, garoto-propaganda da Friboi, que tornou-se alvo de memes nas redes sociais e se disse "surpreso" com o esquema, em entrevista ao site Ego, da Globo —vegetarianos estão sendo felicitados por não comerem carne e, assim, estarem imunes ao esquema de fraude. Parte dos alimentos adulterados teriam sido fornecidos para alunos da rede pública do Paraná. A investigação também revelou a reembalo de produtos vencidos.