Marqueteira sustenta: Dilma tratou com ela sobre recursos de caixa 2 para campanha de 2014
A marqueteira Monica Moura disse na ação do TSE que julga a cassação da chapa Dilma-Temer que discutiu diretamente com a ex-presidente pagamentos de caixa um e caixa dois na campanha de 2014. Segundo depoimento de Monica, a conversa com Dilma aconteceu no Palácio do Planalto. Depois, a marqueteira foi encaminhada para acertar pagamentos por fora com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Mantega encaminhou, então, a marqueteira para a Odebrecht, que cuidou dos pagamentos por fora. João Santana, marido de Monica, também falou na ação do TSE. Os advogados que acompanham a ação relatam que, durante o depoimento, Monica e João disseram que a expressão "caixa dois" não foi utilizada em nenhum momento. Mas que, para o casal, estava claro que eles trataram de pagamentos não contabilizados com a ex-presidente. Motivo: Dilma teria tratado, após a eleição de 2014, com Monica Moura sobre uma conta que havia no exterior, que seria para receber os valores por fora da campanha. Diferentemente do que aconteceu na campanha de 2010, Dilma teria dito a João Santana que ela cuidaria da campanha de 2014. Em nota, Dilma afirmou que os marqueteiros fizeram "afirmações desprovidas de qualquer fundamento ou prova". (veja íntegra da nota abaixo) Segundo os marqueteiros, foram cobrados R$ 105 milhões na campanha de 2014 pelos serviços prestados pela dupla: R$ 70 milhões declarados e R$ 35 milhões por caixa dois. Mas eles não teriam recebido todo o valor por fora. Nas contas dos marqueteiros, dos R$ 35 milhões do caixa dois eles dizem ter recebido cerca de R$ 10 milhões.