A HISTÓRIA DE UM CASO DE TERROR VIVIDO POR UMA FAMÍLIA NO BAIRRO DO ARAÇAGY
Fiquei comovido com o relato de uma amiga. Ela, o marido e um filho, moradores do Araçagi, foram surpreendidos, semana passada, com oito homens fortemente armados dentro de sua casa. Era 6 horas da manhã, e eles mal acordavam.
Antes, por volta de 1 hora da manhã, faltara energia, e a minha amiga ligou para a Cemar, pedindo que a companhia mandasse uma equipe. Seis horas uma voz anuncia, do lado de fora: “É a Cemar! Abram, é a Cemar!”. A minha amiga abriu o portão e o grupo criminoso entrou: sete estavam encapuzados, apenas um mostrou o rosto. Então começou a sessão de tortura física e psicológica. Queriam dinheiro. Sabiam que tinha dinheiro na casa e disseram até quanto, mas a minha amiga já não tinha mais a grana, que usou para dar entrada na compra de um bem.
Marido e mulher foram amarrados, o filho amordaçado. E haja socos, pontapés, armas na nuca e tudo o mais. Quando os bandidos se convenceram de que não tinha dinheiro, exigiram joias, que também não estavam na casa do Araçagi.
Encurtando a história, a família viveu cerca de uma hora de tortura física e psicológica, até que decidiram ir embora. “Uma eternidade, um horror que vai passar sempre como um filme de terror na nossa memória”, diz minha amiga, ainda agradecida a Deus por estarem todos vivos.
Em São Luís está assim. Quadrilhas especializadas em invadir residências para roubar, torturar e até matar. Estão travestidos de “Cemar”, “Caema”, “Correios”, “Sky”… E por aí vai.
A Polícia já botou algumas poucas dessas gangs na cadeia. Mas elas proliferam na Grande São Luís. Portanto, tenha muito cuidado ao abrir a sua porta. À frente de sua casa pode estar uma dessas gangs perigosas.
Ah! Já ia esquecendo. A falta de energia na casa da minha amiga foi motivada pela própria gang, que explodiu o contador de luz, na madrugada.
Até agora o bando não foi identificado pela polícia. E não revelo os nomes, por questão de segurança da família vitimada.
