Reuters/R7
O resultado foi influenciado pelo elevado rombo nas contas da Previdência Social
Influenciado pelo elevado rombo nas contas d

a Previdência Social, o governo central — formado pelo governo federal, Banco Central e Previdência Social — teve saldo negativo (déficit primário) de R$ 10,47 bilhões no mês passado, o pior resultado para setembro em 17 anos, indicando risco ainda maior de descumprimento da meta para o ano.
Nos nove primeiros meses de 2013, a economia feita para o pagamento de juros acumula saldo positivo (superávit) de R$ 27,943 bilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira (31). O resultado é 49% menor que o montante economizado em igual período do ano anterior.
Em setembro, a Previdência Social apresentou déficit de R$ 11,763 bilhões. O rombo foi provocado, entre outros fatores, pelo pagamento da segunda parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS.
Com o péssimo resultado de setembro, que foi também o pior resultado desde dezembro de 2008 para meses correntes, o governo chega aos últimos meses de 2013 com risco iminente de descumprimento da meta ajustada de superávit primário.
O objetivo cheio era de R$ 155,9 bilhões no início do ano, cerca de 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas produzidas no País —, para todo o setor público consolidado — que, além do governo central, inclui Estados, municípios e estatais.
Mas o baixo crescimento levou o governo a ajustar o alvo a 2,3% PIB, considerando a possibilidade de desconto de R$ 45 bilhões com desonerações e investimento.
O Tesouro informou ainda que os gastos com investimentos públicos em setembro somaram R$ 4,4 bilhões, acima dos R$ 3,3 bilhões no mês anterior, acumulando no ano R$ 46,5 bilhões, com alta de 2,9% sobre o mesmo período do ano passado.
Os gastos com custeio ficaram em R$ 15,5 bilhões em setembro, 12,3% a mais do que em agosto. Nos nove primeiros meses do ano, os gastos chegam a R$ 134,4 bilhões, 21,1% a mais do que igual período de 2012.