O integrante da Comissão Provisória do Núcleo Municipal do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (SINPROESEMMA) de Santa Quitéria, Augusto Ribeiro, encaminhou à Direção Estadual denúncias sobre o que considera indícios de perseguição à sua pessoa como funcionário da prefeitura daquele município. Ele diz que está sem receber seu salário, enquanto todos os demais profissionais da educação receberam seus proventos. “Entendemos essa atitude por parte dos gestores como um ato de perseguição por se tratar de uma liderança sindical”, diz Ribeiro.
Para o dirigente, a intenção por trás dessa atitude é intimidar as ações que o Sindicato desenvolve em Santa Quitéria, como a forte campanha nas ruas e no Ministério Público pela convocação e nomeação dos aprovados no concurso público.
O SINPROESEMMA também cobrou com veemência uma diferença salarial no período 2012 e 2013 que a prefeitura não concedeu aos professores, além do calendário de férias, adicional noturno, risco de vida dos vigias da educação que o município não cumpre.
“Estamos tentando, através de ofício, marcar uma reunião com a secretaria de Educação para discutirmos o aumento de 13% concedido pelo governo federal. Enviamos o ofício no dia 19 de janeiro deste ano, mas, até o momento, não obtivemos resposta”, afirma Augusto Ribeiro.
Uma cidade com dois prefeitos
Para o representante do Núcleo do SINPROESEMMA, a situação de indefinição política estaria motivando esses descasos e irregularidades na educação pública de Santa Quitéria. O município tem na prática dois prefeitos: um de direito, Sebastião Moreira, com mais de 70 anos, saúde debilitada e dificuldades físicas de administrar a prefeitura; o outro, Manin Leal, está agindo como prefeito de fato embora não tenha sequer portaria de sua posse como prefeito interino ou substituto do titular da administração municipal.
“Foi o próprio que ordenou o não pagamento do meu salário, sem nenhum comunicado oficial”, denuncia Ribeiro.
Juiz e promotor
O sindicalista Augusto Ribeiro reclama ainda que o município não tem promotor nem juiz titular, com isso não há como dar andamento às denúncias no Ministério Público porque curiosamente ocorre uma alta rotatividade no quadro de juiz e promotor na região.
“A situação em Santa Quitéria é bastante grave”, finaliza o dirigente sindical do SINPROESEMMA em Santa Quitéria.
Fonte: Sinproesemma On Line