Bati um papo, hoje, com o jornalista e publicitário Félix Alberto Lima. Aliás, eu, Ivison Lima e a midiática Mônica Moreira Lima.
Foi no programa “Bastidores” da Rádio Capital, onde, de 10 às 12 da manhã, de vez em quando, dou uns pitacos sobre assuntos diversos do quotidiano maranhense e brasileiro. Batizaram-me de “comentarista político”, mas Ivison Lima, o âncora, exige muito mais de mim. O que, mais do que jornalista e comentarista, viro “generalista”. Quando não participo, sobra para Mônica Moreira Lima esse papel.
Voltando ao Félix Alberto. Ele foi ao programa “vender seu ‘peixe”,


o livro de poesias nominado “O que me importa agora tanto”, editado pela Letras. Uma coletânea de 85 poemas. Uns pequenitos, meio haicais; outros pequenos e outros médios. Nenhum grande. O que torna a leitura prazerosa, Já que o conteúdo não é de se jogar fora.
São poemas de quem domina a arte de escrever no dia a dia. E de sentir. Zeca Baleiro, letrista e cantor que nos enche de orgulho, pela maranhensidade – faz o prefácio da obra -, depõe que Félix “se mostra poeta de engenho e verve, na luta corporal desesperada com a palavra e seus sentidos (os seus e os da palavra)”.
São, também, os seus poemas “flagrantes do cotidiano”, no dizer de Domingos Proença Filho.
Ontem, nessa conversa “de bastidres” de AM, Félix Alberto dizia que , como escritor, sua intenção é fazer-se entendido. Por isso tenta produzir textos-poemas os mais simples possíveis, para que seus versos possam ser compreendidos por todos que lhe deem o prazer da leitura.
Ainda no bate papo, tentei traduzir a sua preocupação assim: “Surrealista, concreta, abstrata. De concreta a poesia não cimenta nada se você não a entende, meu camarada”, posta, em 2007, no meu livro também de poemas “As quatro estações do Homem”… Com o que ele concordou.
Da minha parte e fazendo ainda uma leitura não muito atenta, atesto: o recheio do livro é bom e cumpre a finalidade proposta na capa. A propósito, layout e texto se casam, num verde que traduz muito mais do que a esperança de um candidato a poeta.
Dono da Clara Comunicação, Félix Alberto estreia como poeta, mas não na literatura. Tem lançados os livros “Guajá, a odisseia dos últimos nômades”, e Chagas em pessoa”, uma biografia do escritor e poeta José Chagas, há 1 ano falecido. Também é compositor e fez parcerias com alguns craques da MPM.
Lançamento nesta quinta-feira, às 19:30 horas, na Livraria Leitura, no Shopping São Luís
O conjunto de palavras publicado no livro nem de longe se pode chamar poesia. O livro é fraco, muito ruim mesmo. Temos que ter coragem para dizer algo de concreto em uma crítica literária, o que você diz de concreto?
De concreto, difícil analisar o abstrato…