
No Maranhão, a Comissão Parlamentar da Verdade, presidida pelo deputado estadual Bira do Pindaré (PT), é o suporte da nacional. O presidente anunciou para esta semana uma etapa de trabalhos intensa, depois que a consultora da Comissão Nacional da Verdade, Glenda Mezaroba, passou a dar o suporte técnico necessário para a ação conjunta, em relação às investigações das violações cometidas nas ditaduras militares.
Até quinta-feira (5), serão realizadas as oitivas, para as quais foram convidadas a prestar depoimento: Religiosos: bispo dom Xavier Guiles, o padre José Antônio, o padre Eider e o padre Marcos Passerini; militantes políticos: familiares de Neiva Moreira, Manuel Ventura, familiares de Maria Aragão, familiares de João Francisco dos Santos, familiares de Othelino Nova Alves, também de Rui Frazão, Mateus Neto, Maria de Lourdes Siqueira. E também os artistas que foram vítimas de censura: César Teixeira, Joãozinho Ribeiro, Nagib Jorge Neto e Tácito Borralho.
Os trabalhos estão sendo realizados na Sala de Comissões da Assembleia Legislativa do Maranhão. De acordo com Bira do Pindaré, esta primeira fase é mais reservada, as pessoas convidadas prestarão seus depoimentos em sigilo. Após a fase preliminar, as pessoas que desejarem participam de uma audiência pública marcada para quinta-feira (05), às 08 horas, no Plenarinho da Casa Legislativa.
Em nome da Comissão Nacional da Verdade, “quero agradecer publicamente a presença das pessoas que aqui comparecem, elas são muito bem-vindas e vão nos ajudar muito nessa fase acelerada que leva ao nosso relatório final, previsto para estar concluído no final do ano”, garantiu Bira.
Sem ação punitiva
Mesmo não tendo função punitiva, a Comissão da Verdade será e importante para revelar uma série de ações que marcaram as duas ditaduras que marcaram a história brasileira. Até hoje, temos uma guerra de versões sobre diversos fatos dessa época. A partir do trabalho da comissão teremos a exposição pública de uma série de documentos que poderão aprofundar nossa compreensão sobre a história e, principalmente, reforçar as lutas que marcaram a consolidação do regime democrático em nosso país.