Noticiamos a prisão. Agora, informamos sobre a revogação: os três advogados presos, ontem (22), em Imperatriz, sob suspeita de fraudar documentos para requerer o pagamento do seguro DPVAT, já foram soltos por ordem judicial. Porém, permanecem presos os demais envolvidos.
Samira Valéria Davi da Costa, Terêncio Alves Guida e Ducilla Sereva Costa Lima foram presos na manhã de quinta-feira, em operação da Polícia Civil e Ministério Público.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção de Imperatriz, entrou com o pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Maranhão, sendo acolhido pelo desembargador Jamil Gedeon, revogando as prisões.
O presidente da OAB de Imperatriz, Malaquias Neves, protestou. Segundo ele, a prisão dos advogados foi “desnecessária, inadequada e desproporcional”. Na sua opinião, os advogados envolvidos no processo, desde a instalação do inquérito, sempre que foram chamados, atenderam a convocação da Justiça:
– “Vamos buscar medidas para reprimir os atos do delegado regional porque ele extrapolou o que determina a lei. Extrapolou, ainda, o próprio mandado exarado pelo juiz da 4ª Vara Criminal, quando fora determinado que as documentações a serem apreendidas fossem só as que fizessem referência ao processo instaurado, Mas não foi isso que aconteceu: houve uma verdadeira devassa ao escritório de uma de nossas colegas”, declarou Malaquias.
Parsondas Guedelha Gomes Torres, corretor, detido no bairro Bacuri; e Francisco das Chagas Cruz Rego, corretor, detido no município de Davinópolis, continuam presos. Uma funcionária da Secretaria de Saúde, conhecida por Isabel, que trabalhou no IML de Imperatriz e teria ajudado o grupo a falsificar documentos, ainda não foi encontrada pela polícia.
Mandados cumpridos
A polícia cumpriu cinco mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos na quarta-feira (21), pelas 3ª e 4ª Varas Criminais de Imperatriz. Os mandados de busca foram cumpridos nas residências e escritórios dos acusados de integrar a quadrilha. Nos escritórios foram encontrados laudos falsos e indícios de falsificação. Cerca de 300 vítimas já foram identificadas.