
Impunidade! Esse foi o sentimento geral – principalmente de familiares – com o resultado do júri popular sobre o assassinato do jovem e promissor advogado Brunno Matos, de 29 anos, e tentativa de homicídios contra seu irmão Alexandre Matos, e o amigo Kelvin Kim Chiang, em outubro de 2014,
O julgamento começou as 8,30 de ontem (2) e terminou à madrugada de hoje, depois de quase 18 horas de depoimentos dos envolvidos e testemunhas, além da atuação do Ministério Público e dos advogados de defesa dos assassinos.
A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Gilberto de Moura Lima, que arbitrou a pena, no auditório do Fórum Desembargador Sarney Costa, que ficou completamente lotado por parentes das vítimas e acusados, universitários de Direito, advogados e curiosos. Atuaram na acusação o promotor de justiça Rodolfo Soares dos Reis, com os assistentes da acusação advogados Meihem Ibrahim Saad Neto e Rafael Moreira Sauaia. A defesa dos acusados ficou a cargo do defensor público Marcus Patrício Soares Monteiro e os advogados Ítalo Leite e Benevenuto Serejo.
O corpo de jurados fez a sua parte. Votou pela condenação dos três acusados. Mas a pena decretada foi considerada muito branda para a dimensão e a repercussão dos crimes: Diego Henrique Polary condenado a 8 anos de prisão; seu tio Carlos Humberto Marão Filho a 6 anos/ e o vigia João José Nascimento Gomes a 1 ano de reclusão.
A opinião geral é que o juiz Gilberto de Moura Lima, que presidiu o júri e arbitrou a sentença, deve explicações à sociedade sobre os atenuantes que usou para aplicar penas tão brandas aos autores da morte do advogado Bruno Matos e tentativa de homicídio contra seu irmão Alexandre e o amigo Kelvin.
Mesmo com toda essa moleza, os condenados devem responder em liberdade, até o o julgamento do recurso em segunda instância que será feito ao Tribunal de Justiça pelos seus advogados. Caso o TJ mantenha a condenação, eles devem iniciar o cumprimento da pena. Mas a família de Brunno Matos também manifestou a intenção de recorrer contra o resultado.
Os três réus foram sentenciados pelo Tribunal do Juri pelo homicídio de Brunno Matos e duas tentativas de homicídio contra seu irmão, Alexandre Matos, e o amigo Kelvin Kim Chiang. Os crimes resultaram de uma discussão, decorrente de quebra de retrovisores de alguns veículos que estariam obstruindo o acesso à garagem da residência do acusado Marão Filho, localizada na Rua dos Magistrados, no bairro do Olho D’Água.
O advogado Brunno Matos, de 29 anos, foi assassinado a facadas na madrugada do dia 6 de outubro de 2014. Alexandre Matos e Klevin Chiang também foram feridos com arma branca.