
Para Donald Trump, nem todos os cidadãos são iguais. Numa declaração pelo Twitter que será recordada no futuro por seu aspecto profundamente discriminatório, o presidente dos Estados Unidos proibiu nesta quarta-feira a presença de pessoas transgênero nas Forças Armadas do país. A medida representa a revogação definitiva da ordem dada por seu antecessor, Barack Obama, que entraria em vigor em 1º de julho, abrindo as portas dos quartéis aos homens e mulheres transexuais.
“Depois de consultar meus generais e especialistas militares, o Governo dos Estados Unidos não aceitará indivíduos transgênero nas Forças Armadas. Nossos militares precisam estar focados na vitória e não podem arcar com os tremendos custos médicos e a perturbação que os transgêneros representarão para as Forças Armadas”, disse Trump.
A proibição é um duro golpe à política de integração promovida por Obama. Antes da presidência dele, os transexuais eram classificados como “desviados sexuais” e deviam ser expulsos das Forças Armadas. Com as diretrizes aprovadas sob seu mandato, não só eles foram plenamente aceitos como também ganharam direito ao tratamento completo de mudança de sexo.
A decisão de Trump é mais um capítulo das suas extravagâncias preconceituosas e, com certeza, renderá mais pontos negativos na já combalida popularidade do seu governo.