O prazo-limite para militantes políticos que ocupam cargos públicos deixarem suas pastas, caso decidam disputar a eleição de 5 de outubro de 2014, é 5 de abril – exatos seis meses antes do pleito.
Como a data cai num sábado, logo na sexta-feira, 4, é provável que todos já tenham caído fora. Se amanhecerem na segunda, 6, sentados em suas polpudas cadeiras, babau, no máximo sobra a função de cabo eleitoral.
A desincompatibilização, ou não, da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, é a mais esperada por aqui. Tudo parou por conta dessa decisão. Até parece que o Estado navega num mar de rosas, onde tudo é progresso, prosperidade…
Roseana Sarney sairia para disputar um mandato de senadora. Nestes últimos dias, o pessoal do Palácio dos Leões está que nem passarinho na muda – não canta. O staff governamental fechou-se em copas. E joga com todas as possibilidades…
De uns, a governadora ouve: “Sai que é barbada…” Aí ela revê as pesquisas eleitorais – contratadas ou não pelos partidários – e recua. Afinal seus índices de rejeição como pré-candidata não a aconselham a aventuras, o mesmo valendo quando os institutos avaliam o desempenho do seu governo…
Outros chegados da branca são mais realistas. “Se fosse a senhora, ficaria no governo até o fim, dava um “bye passe” em Arnaldo Melo e ainda elegeria Luís Fernando governador…”. Mas, como uma boa jogadora, ela para, pensa…
Há quem diga que o gênio da política (para o bem e para o mal) José Sarney é quem dará a palavra final. Sarney anda meio macambúzio com a mídia nacional, que fuxica a toda hora, querendo eternizá-lo como um fiel serviçal da ditadura militar. Ah! Mas quando se trata de defender os “dois leões” da Praça Dom Pedro II, ele logo se recupera e passa a palpitar…
Sexta-feira chegou até a correr um forte boato de que Roseana teria batido o martelo pela desincompatibilização. Foi só fumaça. Mas não é o maranhense mesmo que costuma dizer que onde existe fumaça há fogo?
Eu também estou muito apreensivo. Apostei com o meu amigo João Câmara, maranhense e tucano emplumado em São Paulo, que Roseana sai do governo dia 5 para tentar ser senadora. Se Roseana não sair, perco, no mínimo, seis litros de uísque Old Par.
Meu amigo Lourival Bogéa, diretor do Jornal Pequeno, é meu parceiro nessa aposta. Vai ajudar a rachar o prejuízo comigo, já que ele também é de opinião que Roseana arriscará todo o seu cacife político em outubro.
Falta pouquinho… Mas que a curiosidade é grande, isso é…
