O governador Eduardo Campos (PSB) decretou luto oficial de três dias no Estado pela morte do cantor Reginaldo Rossi, ontem pela manhã (20). “Ele morreu de tanto viver. Viveu intensamente”, disse o governador, durante entrevista ao comunicador Geraldo Freire, na manhã de ontem (20).
Para o governador o conforto está em pensar que o cantor não ficou “limitado, sem poder cantar e brincar”. Para representar o governo do Estado, Campos enviou o secretário de cultura, Marcelo Canuto, para ficar à disposição da família do cantor, no Hospital Memorial São José. O governador Eduardo Campos havia visitado Rossi na quinta-feira (12), quando disse que os cidadãos pernambucanos devem muito ao cantor e compositor, um ícone importante para a divulgação da cultura do Estado.
-. “Nós estamos vivendo um momento de luto em Pernambuco. Reginaldo conseguiu quebrar preconceitos, aproximar universos que eram distantes uns dos outros, fazer o brega ser ouvido por todos, fazer música popular com qualidade, fazer um show com a presença de diversos ritmos da nossa música”, afirmou durante o velório do músico, que ocorre na Assembleia Legislativa, Centro do Recife.
Campos ainda destacou que o compositor contribuiu para divulgar as belezas de Pernambuco. “É uma

perda muito grande da nossa cultura, um querido amigo, um pernambucano que levou o nome do nosso estado para o Brasil e para o mundo, que divulgou as belezas do Recife, de Itamaracá, de todo o nosso estado, que fez a alegria no palco de muitas gerações”, comentou.
VELÓRIO
Sobre o caixão, foi colocada uma bandeira de Pernambuco, local em que o músico nasceu em 14 de fevereiro de 1944. Aos 69 anos, Reginaldo morreu na manhã desta sexta, em decorrência de complicações do câncer de pulmão. O enterro acontece neste sábado (21) no cemitério Morada da Paz.
Muitos fãs já se encontravam no local desde as 16h – o corpo do cantor chegou às 18h30 -, além da família e de amigos. Amigo antigo de Reginaldo, o músico Nana Vasconcelos relembrou momentos vividos ao lado do cantor.
DOENÇA
Reginaldo deu entrada no hospital em 28 de novembro e foi levado diretamente para a UTI. Na ocasião, a família não divulgou a causa da internação. Em 4 de dezembro, um nódulo foi retirado da axila direita do cantor e submetido a biópsia. No dia 9, passou por um procedimento chamado toracocentese, que retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão. O resultado da biópsia, divulgado no dia 11, confirmou o diagnóstico de câncer de pulmão.
Em sua primeira sessão de quimioterapia, o cantor respondeu mal e precisou de hemodiálise e remédio para controlar a pressão. Em 12 de dezembro, a pressão arterial se estabilizou e o funcionamento dos rins e os exames laboratoriais também melhoraram.
Porém, na tarde de 19 de dezembro, Reginaldo voltou a ser entubado, desta vez por apresentar fadiga muscular e queda da saturação de oxigênio, conforme divulgou o boletim médico. O óbito ocorreu às 9 horas e 40 minutos de sexta-feira. O enterro acontece neste sábado (21) no cemitério Morada da Paz.