Segundo a Justiça dos EUA, valor é pago pela detentora dos direitos de transmissão da Copa do Brasil desde 1990
Preso na madrugada desta quarta-feira (horário de Brasília), em Zurique, na Suíça, juntamente com outros seis executivos da Fifa, José Maria Marin, ex-presidente da CBF, recebeu cerca de R$ 2 milhões por ano de propina da Traffic, segundo a Justiça dos Estados Unidos, que está investigando o caso.












“Entre 1990 e 2009, a Traffic acertou uma série de contratos com a CBF, a federação brasileira de futebol, para adquirir direitos comerciais da Copa do Brasil, um torneio anual com clubes brasileiros”, diz o documento de investigação
O relatório ainda revela como foi feito o acordo. “Durante este período, Marin recebeu propina na negociação da venda de direitos econômicos da Copa do Brasil. Como resultado de um acordo alcançado entre CBF e Traffic em 22 janeiro de 2009, a Traffic detinha os direitos de cada edição da Copa do Brasil para ser jogado a partir de 2009 até 2014”.
Inicialmente, Marin havia sido citado em investigações de propina relacionada às próximas edições da Copa América. A empresa Datisa contribuiria com cerca de US$ 110 milhões em suborno, que lhe garantiria os direitos sobre o torneio até 2023. Desse valor, US$ 40 milhões já teriam sido pagos aos dirigentes indiciados. Sendo que os presidentes da CBF, da Conmebol e da Federação Argentina de Futebol receberiam cerca de US$ 3 milhões cada e os outros mandatários US$ 1,5 milhão, além de um outro investigado, que ficaria com mais US$ 500 mil.