
— Eu lamento porque ele era um dos grandes parceiros meus na seleção. É uma pena que esteja acontecendo isso com um ídolo que tanto promoveu o Brasil em todo o mundo.
Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, jogou com Garrincha entre os anos de 64 e 65, no Botafogo, e classificou a situação como vergonhosa. Ele disse que Garrincha sofreu uma covardia.
— Fico envergonhado do comportamento de alguns brasileiros. Principalmente nesse fato estranho, que deixa a gente muito, muito, mas, muito enfraquecido. Foi uma covardia o que aconteceu — afirmou.
O craque Afonsinho conviveu com Garrincha, no Botafogo, no ano de 1965. Na época, ele acabava de chegar ao time, enquanto Mané estava deixando o clube. Afonsinho lembrou do sepultamento do amigo e disse que o ocorrido com Garrincha, anos após a sua morte, é deprimente.
— Eu estive lá no sepultamento dele. O próprio sepultamento já foi confuso porque o caixão não cabia na sepultura e o Nilton Santos foi quem deu a cobertura lá legal. Mas, é deprimente como cidadão, como uma pessoa, como um brasileiro que preza seus ídolos, seus grandes expoentes, é deprimente — disse Afonsinho.
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil informou que o delegado Antônio Silvino, da 66ª DP (Piabetá), abriu inquérito para apurar se ocorreu o crime de violação de sepultura, previsto no artigo 210 do Código Penal.
Caso fique comprovado que houve crime, os responsáveis estarão sujeitos a uma pena que varia de um a três anos de prisão.
Marcos Nunes e Ricardo Rigel