Passa dos limites da razoabilidade o “acampamento” montado por professores municipais em greve na frente do prédio onde mora o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e sua família, na Avenida dos Holandeses – Calhau.
Existem outros locais que são mais apropriados para protestos, como as sedes da Secretaria Municipal de Educação e do próprio Palácio La Ravardière, na Prefeitura, onde despacha o alcaide. Mas querer afrontar o prefeito e sua família, na sua própria casa, não é uma atitude republicana. Nem mesmo um credor comum pode, legalmente, constranger seu devedor, diante da sua casa e de sua família.
Pelas manifestações ocorridas, até o momento, o Sindicato da categoria ficou mal na fita. A ação é condenada por boa parte dos grevistas, alguns declarando querer voltar para a sala de aula, imediatamente. Ou seja, a atitude do sindicato pode ser um tiro no pé. Pode até ter razão, mas falta coração…
Ainda mais que, ontem, a Justiça declarou a ilegalidade do movimento, considerada por muitos precipitada e abusiva, posto que, em nenhum momento, a Prefeitura deixou de conversar com a categoria, e os índices de reajustes discordantes são muito pequenos.
A ação radical de um pequeno grupo, contados em até duas dezenas, é, literalmente, uma falta de educação. Pior se estiver sendo estimulada por agentes externos ao movimento, de olho nas eleições de outubro. Caso seja, não custa nada lembrar que quem tem rabo de palha não deve pular fogueira.
