Greve convocada pelas principais sindicais paralisou o transporte público e outros serviços nas principais capitais do país

Membro do MTST segura bandeira em bloqueio durante greve geral de 28/04 em Brasília (DF) (Ueslei Marcelino/Reuters)
São Paulo – O Brasil foi é palco, nesta sexta-feira (28/04), de uma greve geral e manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer. Veja como foram as paralisações e protestos pelo Brasil:
21h06 – Polícia começa a dispersar grupos de manifestantes em SP
Manifestantes que foram protestar perto da casa de Michel Temer começam a voltar para o Largo da Batata, em São Paulo. A Polícia Militar faz uma varredura na avenida Pedroso de Moraes para afastar grupos que ainda permanecem no local. Há bastante lixo e resíduos espalhados no caminho. As informações são do canal GloboNews.
20h43 – Choque e manifestantes entram em confronto em São Paulo
Segundo a Globonews, os PMs lançam gás e forte jatos de água. Manifestantes revidam jogando objetos, pedaços de garrafa, vidro, pedras e rojões. Temer está em Brasília.
20h20 – Tropa de Choque se dirige a ato perto da casa do presidente Michel Temer
Policiais estão em confronto com manifestantes que marcharam do Largo da Batata até a casa do presidente. Há bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogênio. A tensão começou porque a polícia pediu a manifestantes que se afastassem do gradil, mas seu pedido foi negado. As informações são da GloboNews.
20h14 – Manifestantes estimam 70 mil pessoas no Largo da Batata
Em São Paulo, uma voz no carro de som do grupo que marcha do Largo da Batata até a casa do presidente Michel Temer afirma que há 70 mil presentes.
Segundo o repórter Victor Caputo, alguns manifestantes quebram comércios, principalmente agências bancárias. A Polícia Militar está apenas abrindo caminho , então há apenas manifestantes na parte de trás da marcha.
20h01 – Rio de Janeiro: Mais um grande tumulto interrompe ato na Cinelândia
Um novo conflito de grandes proporções interrompeu ato contra o governo federal que era promovido na Cinelândia (região central do Rio) por volta 18h55 desta sexta-feira (28). Para interromper a ação de pessoas que destruíam telefones públicos e incendiavam lixo, a PM lançou bombas de gás e tiros de balas de borracha contra a multidão. Jovens mascarados responderam lançando pedras e paus. Houve pânico e correria.
O tumulto deu continuidade a um dia violento na capital fluminense. Pelo menos cinco ônibus foram incendiados no centro da cidade: um na Cinelândia e quatro na Lapa.
Protesto durante greve geral termina com violência no Rio de Janeiro, dia 28/04/2017 (Ricardo Moraes/Reuters)
19h39 – Temer diz que manterá reformas apesar das manifestações
Em nota divulgada no início desta noite, o presidente Michel Temer disse que manterá as reformas nas leis trabalhistas e na previdência social propostas por seu governo, que dispararam manifestações e greve geral em todo o país nesta sexta-feira.
“O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional”, escreveu o presidente.
19h16 – SP: Grupo deixa o Largo da Batata e caminha até a casa de Michel Temer
Durante a marcha, as pessoas cantam como grito de guerra: “Ai, ai, ai, ai, ai, se empurrar o Temer cai” e “Olé, olé, olé, olé, fora Temer”.
Alguns bares com sacada estão cheios de garçons dançando ao som dos gritos contra Temer. Em um deles, um garçom está sacudindo uma camiseta vermelha enquanto pula.
Protesto do povo? O repórter Victor Caputo observa que ambulantes vendem cerveja “long neck” de marcas como Heineken e Eisenbahn. Não há apenas sindicalistas: também marcham muitos jovens estudantes de universidades como USP (Universidade de São Paulo) e Mackenzie. Um grupo pequeno e discreto mostra a bandeira do PT e há alguns balões do PCO. Algumas pessoas gritam que “protesto não é palanque”.
Manifestantes usam sinalizadores em ato contra reformas do governo Temer no Largo da Batata, em São Paulo (Victor Caputo/EXAME.com)
Manifestante segura bandeira do Brasil em protesto contra reformas em 28/04 (Victor Caputo/EXAME.com)
18h58 – Belo Horizonte: Ato na capital mineira reuniu 100 mil, segundo a CUT
Num dia chuvoso em BH, cerca de 100 mil pessoas participaram de passeata entre a Praça da Estação e a Praça Sete, ambas na Região Central da capital, de acordo com estimativa da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG).
Ato em Belo Horizonte (MG) contra a reforma da Previdência – em 15/03/2017 (Lidyane Ponciano/Sind-UTE MG e CUT-MG/Divulgação)
O metrô, parte dos ônibus, lojas, escolas e agências bancárias da região central de Belo Horizonte não funcionaram hoje. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou bloqueios em 23 trechos de sete estradas que cortam o estado, que foram liberados ao longo do dia.
(Com Estadão Conteúdo)
18h37 – São Paulo: Ivan Valente discursa para multidão no Largo da Batata
De acordo com o repórter Victor Caputo, há vários grupos diferentes juntos no Largo da Batata, em São Paulo, de partidos políticos como PCO e PSOL a movimentos estudantis, negros, entre outros. O deputado Ivan Valente (PSOL) falou aos manifestantes. “Estamos todos de parabéns”, disse. “É o começo do fim para o senhor Michel Temer”. Ele afirmou ainda que o movimento vai derrubar as reformas de leis trabalhistas e da Previdência.
Manifestantes reunidos no Largo da Batata, em São Paulo, em dia de greve geral (28/04) (Victor Caputo/EXAME.com)
Carro da polícia chega ao Largo da Batata, em São Paulo, onde há ato contra reformas do governo Temer (Victor Caputo/EXAME.com)
18h28 – Paralisação é “a maior greve já realizada no país”, diz presidente da CUT
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical avaliam como exitosas as manifestações e paralisações de trabalhadores em todo o país contra as reformas trabalhista e da Previdência Social propostas pelo governo Temer.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a paralisação de hoje deve ser “a maior greve já realizada no país”, com destaque à adesão em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e Brasília.
Já o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), disse que a motivação para os protestos é a existência de “propostas viáveis para que o país retome o seu crescimento econômico sem a perda de quaisquer direitos trabalhistas, previdenciários e sociais”.
A Força estima que 40 milhões de trabalhadores pararam nesta sexta-feira.
(Exame Com Agência Brasil)