
Citações
Além dos senadores investigados, a CCJ tem integrantes que já foram citados em depoimentos dados a investigadores da Lava Jato.
É o caso dos parlamentares Eduardo Braga (PMDB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Aécio Neves (PSDB-MG) – ele chegou a ser investigado mas o STF arquivou o inquérito. Também há outros pedidos de abertura de inquérito que ainda não foram analisados pelo Supremo.
Perda de mandato
Além de sabatinar indicados ao STF, cabe à Comissão de Constituição e Justiça examinar os aspectos constitucional, legal e jurídico de processos de perda de mandato parlamentar aprovados pelo Conselho de Ética da Casa.
Ou seja: se algum senador hoje investigado na Lava Jato se tornar alvo de um processo de perda de mandato no Conselho de Ética e, eventualmente, o conselho aprovar a punição, o caso também precisará ser analisado pela CCJ, que não tem poder de arquivar, mas pode eventualmente retardar o processo.
De acordo com o regimento do Senado, a CCJ tem prazo de cinco sessões ordinárias do plenário principal da Casa para se manifestar sobre o parecer aprovado no Conselho de Ética. Se alguma falha processual for verificada, o parecer precisa retornar ao conselho para correção.
Feita a correção, mais uma vez, a CCJ precisa examinar, dentro do prazo de cinco sessões, o processo antes de o caso ser encaminhado ao plenário principal da Casa, que tem a palavra final nessas situações.
Nunca um processo de perda de mandato parlamentar foi devolvido pela CCJ ao Conselho de Ética. No caso mais recente, o que cassou o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT), todo o processo levou cerca de cinco meses.