Partido Comunista Chinês deixa cair medida com mais de 30 anos e passa a consentir que todos os casais possam ter até dois filhos.
Com a nova medida, crianças já podem ter um irmãozinho, o que, há 30 anos, era proibido por lei…
O Partido Comunista Chinês anunciou o fim da política do filho único, avança a agência de informação oficial do país, citando o plano quinquenal que está a ser discutido no plenário anual do partido, em Pequim, e que vai abranger o período de 2016 à 2020.
Durante os últimos 30 anos, a política oficial do governo de Pequim era impor um limite de um filho por casal, no caso das famílias urbanas, e de dois filhos, nas zonas rurais. Havia excepções nos casos em que pelo menos um dos pais é filho único e quando o primeiro filho é uma rapariga.
O Executivo chinês explica que a medida serviu para controlar a sobre-população daquele que é o país mais povoado do planeta, com mais de 1355 milhões de habitantes.
Mas a população chinesa está a envelhecer o que está a afectar a vitalidade da economia. Um em cada dez chineses tem mais de 65 anos. E a proporção deverá subir para um terço até 2050.
Dados do Banco Mundial indicam que, em 2014, a China tinha 1.364 milhões de pessoas, enquanto em 2006 era de 1.311 milhões, um crescimento de 4%. A segunda maior economia do mundo deverá crescer este ano 7,1%, abaixo dos 7,4% registados em 2014.
A desaceleração da economia está neste momento a concentrar as atenções dos economistas e dos bancos centrais, que aguardam para ver qual o melhor momento para retirar os estímulos económicos. Em 2007, a economia chinesa cresceu 14,2%.