Todo mundo já sabe: no sábado (9), o Sampaio Corrêa deu uma porrada de 2 a 1 no Atlético-GO, no Castelão (quase cheio), e está na finalíssima do Campeonato Brasileiro da Série C. Jogadores realizados, o presidente Sérgio Frota com um sorrio de 180 graus, a torcida feliz, etc. Mas o que me chamou a atenção foi o espetáculo que os vendedores ambulantes fizeram do lado de fora do estádio…
Tinha de tudo ali. De cambistas desesperados, com ingressos na mão poucos minutos antes da partida, a vendedores de camisetas, banners, bandeiras e bonés, tudo, claro, com as cores do Sampaio. Vou tentar lembrar do que vi à venda. Rádio AM e FM, para ouvir o jogo – o genuíno torcedor não prescinde de um radinho de pilha, colado ao ouvido enquanto assiste a partida. Mas observei outros rádios que nem celular, à bateria, que podem ser carregados, de véspera.
Cervejas e refrigerantes, de todos os tamanhos, formatos, marcas e sabores. Bebida quente: whisky, vodka, cachaça, tiquira… Cigarro de várias marcas, apesar de ser proibido fumar em lugares com aglomeração…
Tinha mais: Água mineral, energéticos, sucos industrializados, biscoitos, bolos, pudins. Churrasquinhos de boi, porco, bode, carneiro e gato. Frito de galinha, carne de porco e de gado (misturados na farofa, lembram?). Milho verde, cozido e assado, na hora. Laranja inteira e descascada; manga madura e verde (para esta, podia-se pedir sal e pimenta-do-reino), banana prata, maçã, d’água, verde, amarela.
Não devia me esquecer de pipoca, churros, algodão doce. E ainda brinquedos e eletrônicos… importados. Soube que a polícia correu atrás de uns dois que estavam querendo vender “bagulho” aos animados torcedores “bolivianos”, como são chamados os adeptos do Sampaio Corrêa.
Fiz uma conta rápida. Havia mais de 300 vendedores de tudo, instalados ou peregrinando em torno do estádio e em todos os seus acessos. Conversando com um e com outro, soube que tem gente que sai dali com mais de 1 mil reais no bolso. Quem vende menos faz 200 reais… No final todos ganham. Muito ou pouco.
Sinal de que, se um time maranhense vai bem, ainda sobra o ganha pão para muitos que não entram, mas se postam em torno do estádio para “servir” a quem vai ver o espetáculo.
Dona Maria do Amparo, uma senhora que vendia churrasquinhos, assados ali, na hora, lamentava que o Sampaio Corrêa só tenha, em casa, mais um jogo pela frente. “Tenho vindo a todos os jogos, e sempre nunca lucro menos que 15


0 reais…”
Como se vê, além de dar alegria à sua grande torcida, o sucesso do Sampaio no Brasileiro da Série C tem ajudado muitos maranhenses a “tirar a barriga da miséria” – jargão utilizado para quem se dar bem em alguma empreitada.
Com certeza, ajudou muita gente.
Ei Machado, há um pequeno erro. O Sampaio despachou foi o Vila Nova – GO e não o Atlético Goianiense- GO (que está na segundona e já passou pela primeirona). O Atlético também tá péssimo, está na zona de rebaixamento pra terceirona.
Obrigado! Foi um lapso de memória. Vou corrigir. E olha que eu fui ao jogo… rsrsrs