
O deputado estadual Ricardo Murad (PMDB), cujo mandato termina amanhã (31 de janeiro de 2015), um dos herdeiros políticos da falecida oligarquia maranhense da qual foi ativo participante, postou nas redes sociais um texto – “Refinaria: reação já” – em que se mostra decepcionado com a passividade da presidente Dilma Roussef de cancelar a Refinaria Premium da Petrobrás, no Maranhão.
– Milhares de pessoas e todo o Maranhão, há anos – governo, organizações sociais, iniciativa privada – desde que a refinaria foi anunciada, levaram em conta no planejamento de suas ações a construção da refinaria – pontuou.
“A decisão nasceu e foi consolidada no governo do presidente Lula”, lembrou, como a querer tirar de José Sarney e Lula, ex-presidente da República e figura de proa do PT, a responsabilidade, transferindo-a toda para Dilma.
E diz, ainda – aqui, sim, uma verdade inquestionável -, que “cancelar uma obra de tal envergadura, estratégica para o desenvolvimento nacional e essencial para o Maranhão, após realizar gastos de bilhões de reais, com essa simplicidade, com um simples comunicado, é um desrespeito à nação e uma agressão ao Maranhão”.
Como José Sarney, Roseana, Lula e Dilma, Ricardo Murad faz parte da penca de políticos que se beneficiaram por mais de uma década, da esperança, incutida nos maranhenses, de que a refinaria seria uma realidade que geraria centenas de milhares de empregos diretos e indiretos e enricaria para sempre o sofrido Maranhão.
Mas serviu apenas como palco para a aplicação de muitos dos estelionatos políticos e eleitorais de que fora vítima a esbulhada população timbira.
Veja, na íntegra, o texto de Ricardo Murad:
REFINARIA: REAÇÃO JÁ
Uma decepção para os maranhenses a passividade da presidente Dilma com a decisão da Petrobras em cancelar a Refinaria Premium do Maranhão.
Ela jamais poderia fazer isso com o estado que lhe deu a maior votação dentre todos do país.
Milhares de pessoas e todo o Maranhão, há anos – governo, organizações sociais, iniciativa privada – desde que a refinaria foi anunciada, levaram em conta no planejamento de suas ações a construção da refinaria.
A decisão nasceu e foi consolidada no governo do presidente Lula.
Cancelar uma obra de tal envergadura, estratégica para o desenvolvimento nacional e essencial para o Maranhão, após realizar gastos de bilhões de reais, com essa simplicidade, com um simples comunicado, é um desrespeito à nação e uma agressão ao Maranhão, que não pode ser prejudicado pelo descontrole, e muito menos, pela gestão irresponsável da direção da Petrobras, que já deveria já ter sido demitida.
Agora é a hora de se ouvir as vozes, de se sentir a reação enérgica do governador, dos senadores e dos deputados federais do Maranhão em defesa dos interesses maiores do Estado.
A minha é de grande indignação e no sentido de se exigir da presidente a imediata ordem para manter o investimento até que uma outra direção, legítima, isenta e profissional, avalie e decida como levar adiante a obra mais importante da história recente do Brasil.