POR JOSÉ MACHADO
O helicóptero corta os ares, tranquilamente. De repente, dá uma guinada para a esquerda e despenca no espaço. O competente piloto termina de desviar a aeronave de um urubu que, não fora a sua habilidade, teria ido direto para as hélices e tudo poderia acontecer. Graças a Deus, estávamos salvos!
Testemunhas desse episódio: o piloto, cujo nome me foge da memória; eu, secretário de Imprensa do governo; o então governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, e Flávio Dino, que há pouco trocara a toga de juiz federal pelo paletó de “político” e já pré-candidato a deputado federal. Dirigíamo-nos à cidade de Tuntum para uma inauguração.
Após o susto, o primeiro comentário sobre o episódio é do governador José Reinaldo Tavares. Até porque Flávio Dino estava sem cor e sem voz, já que – e também por conta do quase acidente – morre de medo de viajar em qualquer coisa que não esteja com os “pés” fincados no chão. Premonitório, Zé Reinaldo fala:
– “Quem iria gostar da queda deste helicóptero era o Sarney. Poderia comemorar a morte do seu atual inimigo político e pessoal e, de quebra, a do Flávio, que ainda vai lhe causar grandes embaraços no futuro…
Era assim. Naquele ano de 2005, quando se acirraram os ânimos entre o governador aliado e a família Sarney, chegando ao total rompimento, José Reinaldo não conseguia chegar a uma dezena de palavras sem falar mal de José Sarney. Eram frases carregadas de sentido e adjetivos. Sarney, ex-deputado, ex-governador, ex-senador e ex-presidente da República, pelas generosas mãos do Maranhão, seria o inimigo número 1 do estado onde nasceu, estudou e cresceu, politicamente.
O clima da época: Sarney era o diabo em pessoa; José Reinaldo, ex-aliado que rompeu com ele e com a família, o salvador do Maranhão. Isso atraiu muitos políticos com o rótulo de “esquerda” para as hostes do ocupante do Palácio dos Leões. Aqui e alhures. Flávio Dino era um deles. O ex-governador João Capiberibe, que se tornou adversário ferrenho de Sarney, no Amapá, visitou José Reinaldo em São Luís, e este retribuiu a visita indo participar de ato contra Sarney, em Macapá.
Já Sarney só se referia a José Reinaldo como “Judas, o traidor”. Isso porque, segundo ele, considerava Tavares um filho político ou um político filho…
Mas lembremo-nos de algo importante… José Reinaldo gostava de culpar Roseana Sarney, a quem substituiu como governador, depois de ser seu vice por duas vezes, pelo rompimento. E aí, teríamos que colocar no centro do ringue a ex-mulher do governador, Alexandra Tavares, esta sim, na visão de Sarney, a causadora de toda a briga… Mas essa é outra história…
Revejo esses fatos para entender e tentar interpretar o artigo que o ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) deu à luz, na última terça-feira, propondo um pacto de sua elite política atual com o sem-mandato José Sarney. Pelo Maranhão…
Pouco concordo com a proposta do ex-governador, a quem considero amigo pessoal e por quem tenho muito carinho e respeito. Mas não é uma reflexão para se fazer sozinho, nem de uma tacada só. É um tema público, que José Reinaldo provocou… Por isso, voltarei ao tema.
Já, já..
É meu caro Machado, Jesus Cristo, perdoou seus inimigos, mesma assim foi crucificado. Zé Reinaldo, foi massacrado, humilhado e preso, e está ai propondo pacto, o que falta no Zé, é uma mulher forte, corajosa e decidida no seu lado, para não se deixar humilhar tanto, se Alexandra, sua ex, tivesse do seu lado, duvido que essa idéia de pacto viesse a tona, até poderia, mas, ele levaria um pau com certeza. Zé Ruela, anda meio temeroso, com medo, com a crise o medo do impeachment da Dilma, Temer assumir e Sarney a cobra, mandar mais do que o vice, dai abaixar as calça pra Sarney agora, é melhor do que depois, disse também que não vai mais critica-lo, arregou?! Eu já não tinha lá essa simpatia pelo Zé, por ser um submisso, agora com mais essa, só sendo saudade das cafungada de Sarney no seu cangote!.